Do alto da plataforma Contemplo sem entender A braveza do mar agitado Que não se cansa de bater!
Bate nos meus sentimentos Atordoa o meu coração Mar bravio! Mar revolto! É o espectro da solidão!
Nas noites repletas de tédio Dos fantasmas dos navegadores O mar açoita minha alma E eu ouço os seus clamores!
Mar bravio! Mar revolto! Mar de tantos segredos Seu pranto dorido e contundente É o refúgio para os meus medos!
Lá nos confins da Terra Nos mais longínquos dos mares O Deus Nosso Senhor É a esperança dos avatares!
Mar bravio! Mar revolto! Mar das violentas procelas O criador dos oceanos Deixou nas tormentas "janelas"
Nos corações assustados Dos carentes marinheiros Uma bússola no céu desponta É Jesus Cristo o sinaleiro!
E buscando no horizonte Uma onda sem marola O homem da plataforma Apaga as luzes e vai embora!...
Regina Lúcia Pinto Rangel
Enviado por Regina Lúcia Pinto Rangel em 14/01/2022
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