Num cavalo imaginário voei Visitei a lua e o céu Naveguei sem medo e confiante No meu barquinho de papel!...
Nas poças de lama brincava Corria atrás dos pardais Frutas deliciosas colhia Rezava nas catedrais!
Confessava meus pecados Para o padre na capela Não tinha nenhuma gravidade Era só rezar e acender vela!
Nas cirandas de roda toda noite As meninas inspiradas recitavam Os meninos felizes e galantes Queriam conquistar namoradas!
Minha infância! Minha infância! Por quê lhe abandonei? Naquele ontem divino Ao qual nunca mais voltei...
Hoje corro nos trilhos Do bonde que envelheceu A Estação da Saudade Sem lua e sem sol: feneceu!
Regina Lúcia Pinto Rangel
Enviado por Regina Lúcia Pinto Rangel em 16/01/2022
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