À Superlua fiz um pedido dorido Que trouxesse o meu amor perdido Na imensidão do céu estrelado! Sem resposta e sem amparo Implorei à Lua Azul, fato raro, Que me libertasse da dor! A Lua escabreada foi se escondendo Numa nuvem imensa mas solitária E as minhas forças já precárias Levaram-me para o mundo da agonia Entre soluços, desencantos e tormentos, Quase cedendo ao apelo da morte Lembrei-me da outra Lua A Lua de Sangue, poderosa, Ah! Meu Deus quanta sorte! Ajoelhei-me e abri o meu coração Suplicando alívio e proteção Para um amor fugaz e irreal Com medo mas determinada Busquei o firmamento Açoitada por um anjo chamado vento E lá estava a solução: As Três Luas encantadoras Clarearam os meus sentimentos E naquele exato momento Libertei-me dos grilhões da ilusão! Paixão é efêmera, perigosa, Maltrata, alucina, atordoa, Transforma a alma da pessoa Em terra árida, sem vida, tediosa! Agradeci serena e confiante Hoje sou apenas amante Das Três Luas que um dia... Voltarão!
Regina Lúcia Pinto Rangel
Enviado por Regina Lúcia Pinto Rangel em 01/02/2022
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